sábado, 14 de abril de 2012

Parabéns Santos Futebol Clube: 100 anos de histórias e conquistas

Centenário do Santos Futebol Clube.
Hoje o mais tradicional e famoso clube de futebol conhecido em todo o planeta Terra está em festa hoje. Fundado em 14 de abril de 1912 na Rua do Rosário (atual Rua João Pessoa),18 no Centro de Santos no estado de São Paulo, no Clube Concórdia, o Santos Futebol Clube está completando 100 anos de vida cercado de muitas lutas, vitórias e paixões pelo futebol nos quais revelaram muitos talentos durante todo esse centenário, entre eles o rei do futebol: Pelé o maior artilheiro da sua história com 1291 gols.

Antiga Rua do Rosário, em 1912, lugar provável do nascimento do
Santos Futebol Clube. Foto Novo Milênio
E vem mais por ai. Nos anos 60 além de Pelé, Pepe, Mengalvio, Coutinho, logo depois Clodoaldo em seguida a geração meninos da vila em 1978. Anos mais tarde Serginho Chulapa na vitória sobre o rival Corinthians naquela final de 1984 que foi de 1x0.
Década de 90 quase perdia, mas aparece uma luz no final do túnel em 1995 com aquela final fantástica na qual seu destaque foi Giovanni, o camisa 10 que foi do Rei Pelé, mas infelizmente aquela final do Campeonato Brasileiro de 1995 perdeu seu brilho pela má arbitragem do Marcio Rezende de Freitas. Logo depois o Torneio Rio São Paulo de 1997 e a Conmembol de 1998.
O século XXI para o Santos Futebol Clube começou de maneira mágica e próspera. Em 2002 quebra-se um tabu de 18 anos sem títulos de grande importância como o Campeonato Brasileiro daquele ano brilhando a estrela de Robinho com suas pedaladas naquela final emocionante contra mais uma vez seu arquirrival: o Corinthians. Finalmente foi dado o grito de “É CAMPEÃO” entalado na garganta há 18 anos, foi o grito de misericórdia depois dos anos 80 e 90 perdidos, foi à redenção da torcida santista.
Mais tarde em 2006 quebra o tabu de 22 anos em conquistar o título de campeão paulista e ai o Santos não parou de decolar em sua equipe vitoriosa.
Logo em seguida aparecem novas gerações e com bastante futuro e destaque em todo o mundo, um deles Neymar o grande momento do futebol e o grande craque no mundo da bola. Muitos clubes e especialistas no futebol cobiçam a ida de Neymar para a Europa, mas os dirigentes santistas não querem. Conforme contrato Neymar sairá da Vila Belmiro após a Copa de 2014.
Pelé à esqueda e Neymar à direita. Gerações passadas e atuais lado a
lado. Foto: Lacenet.
Esse só foi apenas um breve resumo da história do Santos Futebol Clube. Mais detalhes podem acompanhar também pelo Globo Esporte.
O Conscientização deseja ao Santos Futebol Clube os nossos sinceros e humildes parabéns pelo seu centenário com muita alegria, amor e que nesses próximos 100 anos venham bastante títulos e muitas prosperidades revelando novos talentos e ganhando novos torcedores. Parabéns Santos Futebol Clube.


Atualizado às 15:55

Agora há pouco o Blog Conscientização registrou imagens do momento do relógio do centenário do Santos Futebol Clube quando atingiu às 14:00, hora exata da fundação do Clube há 100 anos atrás. O local da festa foi na Praça das Bandeira, na Praia do Gonzaga, em Santos. Confira algumas imagens:


Faltando ums 3 minutos para chegada do centenário do Clube

Momento exato: às 14:00 é a virada do centenário do Santos Futebol
Clube e toda a torcida alvi-negra comemora.

Parte de cima do relógio com o emblema do Peixe.

Chegada da Torcida Jovem na Praia do Gonzaga.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Tradicional Linha 4 completa exatos 45 anos

Hoje na história do transporte municipal de Santos só para lembrar a linha de ônibus mais popular da cidade após a era dos bondes envolvendo a tradicional e popular Linha 19, a Linha 4 que liga a Praça Mauá até o Ferry-Boat está completando 45 anos de existência.
Toda sua história começou praticamente em 5 de março de 1965 quando foi inaugurada a sua linha antecessora: Linha 54 de trólebus cujo seu itinerário era da Rua Martim Afonso, no Centro de Santos até o Ferry-Boat via Av. Washington Luís (canal 3). Tudo visto que na época a Companhia SADE não tinha instalado a rede aérea da Av. Conselheiro Nébias devido naquela via passar os bondes e estava instalada a rede aérea. Em 1966 o sistema de bondes daquela avenida foi desativado para a implantação da rede de trólebus naquela avenida. A primeira parte da implantação da rede aérea foi concluída em janeiro de 1967 antes mesmo da inauguração da Linha 45 de trólebus que ligava o Centro até o canal 5 via Conselheiro Nébias/ Afonso Pena. Antes da conclusão do primeiro trecho de rede aérea a Linha 54 já passou em um breve período na Av. Conselheiro Nébias devido interdições da Rua da Constituição após a explosão do Gasômetro no início daquele mês.
Trólebus da Linha 54 em Santos, antecessora
da atual Linha 4. Foto: Emilio Pechini.
Depois de 3 meses já concluída toda rede aérea no dia 11 de abril de 1967 foi inaugurada a primeira linha tronco de trólebus dessa avenida: Linha 44 que ligava a Praça Mauá até o Boqueirão e finalmente em 13 de abril de 1967 foi desativada a Linha 54 e em seu lugar nasce a Linha 4 de trólebus que passou a ser a linha mais popular de Santos após a era do bonde. Vale lembrar que ainda naquela época existia a tradicional Linha 19 de bondes que anos mais tarde em 13 de fevereiro de 1971 foi extinta.

Inauguração da Linha 4 em 13 de abril de 1967 na Praça Mauá, em
Santos. Foto: Emilio Pechini

A Linha 4 tanto da época que foi operada em trólebus quanto atualmente é operada em ônibus a diesel tem todo o seu prestígio e toda popularidade devido essa linha servir muitos pontos de estabelecimentos comerciais, estudantis, hospitais e seus antigos clubes tradicionais na Ponta da Praia quando antigamente os existiam. A demanda dessa linha é muito enorme devido também ao grande número de pessoas idosas e estudantes.
Seu itinerário foi modificado várias vezes devido a reformulação do sistema viário em 1987 por terem mudado algumas ruas com suas mãos de direção.
Quem lembra que a Linha 4 vinha pela contramão da Avenida Epitácio Pessoa, mas na verdade era o contrafluxo dessa via que na verdade a Linha 4 vinha pela contramão para seguir da Ponta da Praia a Praça Mauá. Logo depois naquele ano seu itinerário foi deslocado para a Avenida Bartolomeu de Gusmão passando pela Orla da Praia. Outro detalhe no Centro de Santos para seguir a Ponta da Praia a Linha 4 seguia pela Rua João Pessoa até alcançar a Conselheiro Nébias, mas depois teve seu itinerário deslocado para Rua Amador Bueno, paralela a João Pessoa. Em meados de 1996 quando a Linha 4 deixou de ser operada por trólebus para ônibus a diesel e mais uma vez seu itinerário foi deslocado saindo da Amador Bueno para Praça José Bonifácio, Avenida Senador Feijó e Rua 7 de setembro até alcançar a Conselheiro Nébias.

Linha 4 seguindo pela Rua João Pessoa para seguir a Ponta da Praia,
em 1982. Foto: Paulo Modé

Av. Epitácio Pessoa na altura do INSS em obras no início dos anos 1970.
Foto: Waldir Rueda

Na Ponta da Praia houve alteração em seu ponto final. Desde sua inauguração o ponto final da Linha 4 era na Avenida Almirante Saldanha da Gama próximo ao Ferry-Boat e em meados de 1992 o ponto final passou a ser na Avenida Rei Alberto I. Outro detalhe quando essa linha vinha do Centro ao invés de seguir toda a Avenida Rei Alberto I até o atual ponto final, entrava na Rua Capitão João Salermo para depois seguir pela Saldanha da Gama na qual hoje essa linha usa a Capitão João Salermo na volta para o Centro.


Ponto final da Linha 4 na Av. Alm. Saldanha da Gam, nos anos 80.
Foto: Trólebus Brasileiros.

Hoje a Linha 4 operada a diesel continua mantendo sua popularidade. Depois que essa linha foi arrendada pela Viação Piracicabana em 1998 ficou a promessa daquela época de uma possível volta do trólebus, mas a ideia não foi adiante. No lugar vieram ônibus com ar condicionado e alguns adaptados para cadeirantes. Em 2000 para compensar a reimplantação de trólebus chegaram 15 ônibus de piso baixo e adaptados para cadeirantes. Em 2005 todos esses ônibus citados foram substituídos por ônibus de motor dianteiro e chassis curtos como são suas características até hoje.


Ônibus a diesel na Linha 4 nos dias atuais.

Futuramente informações ainda não oficiais a Linha 4 terá seu destino definido: pode ser seccionada, extinta ou pode continuar existindo devido haver mudança em seu itinerário por causa da implantação do trecho prioritário do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligará a Av. Conselheiro Nébias ao Valongo.






segunda-feira, 9 de abril de 2012

Transporte ferroviário no Brasil: histórias e lendas

O transporte ferroviário no Brasil tem muitas histórias para contar sejam boas ou ruins. Tudo começou no século XIX quando Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá trouxe as primeiras ferrovias para o Brasil quando o café que era o carro chefe da economia no Brasil colonial. Antes o café era transportado em burros do planalto para seguir ao litoral de São Paulo até alcançar os trapiches localizados em Santos, no litoral paulista. Com o transporte do café nos burros tinham várias ocorrências no tombamento da carga na descida da serra do mar assim em alguns casos perdendo a produção.
O primeiro trecho de ferrovia tinham apenas 14 km de extensão, mas logo em seguida foram ampliados. O Brasil até meados da década de 60 chegou a atingir mais de 38.000 km de extensão de malha ferroviária, hoje somente contamos com aproximadamente 28.000 km o equivalente a malha ferroviária do Japão.
A ferrovia brasileira foi perdendo espaço nos anos 50 para a indústria automobilística de deixou de colocar o Brasil nos trilhos para colocar sobre rodas no asfalto, mas na atual realidade o trânsito nas grandes cidades brasileiras estão totalmente saturados, são 3 automóveis para cada habitante.
Existem projetos para melhorias dos atuais trechos ferroviários em atividades, tanto no transporte de cargas quanto ao de passageiros, mas esse projetos sempre andam em passos de lentidão causados pela burocracia e falta de incentivo por parte das nossas autoridades.
No último Globo Repórter exibido pela Rede Globo na última sexta-feira (6/4/2012) retratou a importância da malha ferroviária em nosso país, contando sobre o grande empresário fundador desse modal Barão de Mauá, a arquitetura do prédio da Estação da Luz, ex-funcionários que fizeram parte da ferrovia em seu auge e até a estrada de ferro Madeira-Mamoré na Amazônia que hoje está abandonada.
Nessa postagem do Blog vamos falar sobre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré na região da floresta amazônica. A estrada foi inaugurada em 1912 no estado de Rondônia. O produto principal daquela região era a borracha que na inauguração desse modal entrou em decadência. Com a construção dessa estrada custaram muitas vidas: 6 mil mortos e um gasto equivalente a R$ 2,5 bilhões em valores atualizados. Investimento que hoje é corroído pela ferrugem. No cemitério das máquinas estão as poderosas locomotivas tragadas pela mata. Aprisionadas para sempre na floresta que um dia ousaram atravessar. O motivo de tantas perdas de vida foi causado pela malária que levaram muitos operários imigrantes europeus a morte. Essa ferrovia ficou conhecida como a “ferrovia do diabo”.


Mapa da Estrada de Ferro Madeira Mamoré de 1912. Foto: Fernando
Rebouças.

Em um período marcado por guerras e a necessidade de novos caminhos para escoar a borracha que vinha da vizinha Bolívia. A ligação com o Brasil pelos rios Madeira e Mamoré era uma travessia perigosa.
 Vencer os obstáculos naturais para atravessar a Floresta Amazônica com 360 quilômetros de trilhos foi um desafio maior do que as empreiteiras inglesas e americanas imaginavam.
 Durante 40 anos, foram três tentativas. Embarcações inteiras com material de trabalho foram tragadas pela fúria das correntezas, o terreno hostil empurrou locomotivas para o abismo.

Antiga locomotiva Maria-Fumaça que serviu a antiga Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré. Foto: Fernado Rebouças.


A ferrovia funcionou até 1972 já deficitárias nos aspectos comerciais conforme relato anterior, mas o apito da locomotiva Maria Fumaça continua apitando de maneira imaginária da população local. Sua desativação foi dolorosa para as pessoas daquela região que conviveram com ela. O apito da locomotiva ecoa, mas não se sabe de onde vem e para onde vai, é como se fosse o trem fantasma.