Finalmente depois de 13 anos de espera o Governo do Estado anuncia neste final de semana ou até segunda-feira (18/10/2010) a abertura do edital de licitação para a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligará na 1ª etapa os municípios de Santos e São Vicente. O trajeto será de 11 km de extensão ligando o Terminal da Esplanada dos Barreiros em São Vicente até o Terminal Porto em Santos com capacidade para transportar 150 mil passageiros por dia (VLT, sistemas de ônibus metropolitano e municipal); 59 mil/dia (somente VLT) composto a uma frota de 14 VLT’s de 42 metros (cerca de 350 passageiros/veículo).
O vencedor da licitação terá de substituir a frota atual de ônibus intermunicipais que são compostas por 352 ônibus e remodelar as linhas metropolitanas assim havendo supressão das linhas e algumas serão seccionadas para compartilhar as configurações do SIM (Sistema Integrado Metropolitano).
Estima-se que até o final do ano conheçamos o vencedor do processo licitatório e a assinatura do contrato que executará as obras do VLT e a previsão de inicio das obras ocorrerá no primeiro trimestre de 2011 e a operação do sistema ocorrerá em 2013.
Imagem ilustrativa de como será o VLT aqui na Baixada Santista após a implantação. |
Agora sim que a RMBS (Região Metropolitana da Baixada Santista) começa a virar região metropolitana na prática. Esperamos muito por esse momento e espero que esse projeto não só beneficie a população das cidades de Santos e São Vicente como também melhorem na sua mobilidade física, seja de casa para o trabalho, do trabalho para faculdade e ou vice-versa. Também espero que o santista se conscientize com esse benefício deixando o seu carro em casa e de desloque para o trabalho com um transporte moderno e eficiente.
Sistema municipal de Santos-CET
Atualmente a cidade de Santos conta com mais de 500 mil veículos nas ruas, ou seja, dois para cada habitante. A cidade não tem mais como expandir a sua malha viária devido a esse excesso de veículos em um território com apenas 39,4 km2 que compreendem a área insular de Santos. O transporte coletivo municipal nesses últimos 12 anos vem sofrendo quedas acentuadas devido à baixa demanda de usuários no transporte público devido à concorrência indireta dos automóveis impactados pela redução em seus impostos como o Imposto sobre Produto Industrializado - IPI e a facilidade no financiamento dos veículos. Os empresários do setor de transporte vêm sofrendo dificuldades em manter a manutenção atual da frota de ônibus devido a vários fatores como combustível, pneu e peças de reposição dos coletivos devido ao seu custo operacional influenciando no reajuste da passagem municipal. A saída que a permissionária da Companhia de Engenharia de Tráfego - CET de Santos, a Viação Piracicabana buscou foi investir no sistema de cobrança eletrônica de passagens, mas para levar essa situação em pratica, gradativamente teve que reduzir seus custos com a retirada de seus cobradores de ônibus.
Se antes as viagens nos ônibus municipais e também nos intermunicipais eram rápidas, com a retirada dos cobradores as viagens se tornaram muito demoradas. Os motoristas além de dirigir transportando passageiros, também cobram passagem fazendo a dupla função que é dirigir e cobrar passagem ao mesmo tempo, contribuindo para o caos no trânsito e afastando mais a população a usar o transporte público municipal com os quais são ônibus pequenos, sem conforto e condições totais de insegurança sujeitos a acontecerem acidentes de grandes proporções.
Em Santos existem muitas linhas de ônibus municipais com itinerários ultrapassados e saturados. Essas linhas têm mais de 40 anos de existência originárias a época dos bondes que foram extintos em 1971. Algumas vias santistas chegam até passar quase todas as linhas de ônibus incluindo as municipais e intermunicipais. Se por exemplo Santos atualmente conta com 40 linhas municipais gerenciadas pela CET-Santos e 36 intermunicipais gerenciadas pela EMTU passando por Santos e demais cidades da RMBS em determinadas vias chegam a ter quase ¾, ou seja, mais da metade da quantidade de linhas municipais e as linhas intermunicipais chegam a atingir quase 50% ou equivalente a 16 linhas. Não existe a necessidade de ter 40 linhas nessa via tanto municipais quanto intermunicipais sendo que essa quantidade e a mesma do sistema municipal santista.
Para isso acontecer sugiro que em Santos seja reduzido em ¾ às linhas municipais de ônibus passando de 41 para 30. Nos principais corredores como as Avenidas Ana Costa e Conselheiro Nébias fossem operados por linhas troncais para melhor fluidez no trânsito e itinerários rápidos. E todas as linhas municipais seriam integradas ao Sistema Integrado Metropolitano.
E aproveitando a chegada do VLT que é um veículo elétrico sobre trilhos, silencioso, confortável e não poluente poderia também ser incorporado no sistema municipal uma possível expansão no sistema de trólebus que também é um veículo elétrico e atende as mesmas características do VLT, mas sobre pneus.
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