quarta-feira, 30 de março de 2011

Passeio pela Vila de Paranapiacaba - Parte 3

Pátio Ferroviário


Na Vila de Paranapiacaba está dividida em duas partes: a parte alta e a parte baixa. Na parte alta como destaquei na parte 2 do Blog Conscientização sobre o passeio tem a Igreja Matriz, o Mirante na qual vê o litoral paulista e também vê a parte baixa dando destaque ao Museu Funicular, o relógio Big Bem e outros atrativos. No percurso passei pela passarela de pedestres onde tive uma visão privilegiada de como funciona o pátio ferroviário vendo as locomotivas elétricas manobrarem.












Depois de cruzar o pátio fui ao Castelinho que é um casarão na qual ficava o encarregado geral da ferrovia de onde se tem uma visão privilegiada do entorno do pátio, representa a escala maior e, isolava engenheiro-residente do restante dos moradores, além de criar a possibilidade da fiscalização propriamente dita.



Cadeira de balanço em madeira e couro lavrado, com a inscrição das
iniciais SPR - São Paulo Railway.

Atualmente abriga peças da ferrovia e a memória social da vila. O Museu apresenta uma exposição permanente com acervo da casa do engenheiro-chefe da empresa SPR – São Paulo Railway Co. (mobiliário, quadros, relógios, etc.), uma maquete física de toda a Vila, cinco totens instalados no piso superior com fotos da vista das janelas do Museu Castelo, aproveitando a posição estratégica da construção, e possui também banners distribuídos por todas as salas que contam a história da implantação da Vila Ferroviária.




Molde de trilho em madeira provavelmente utilizado em 1898 para
a duplicação da Serra do Mar.

O museu é aberto à visitação de terça a sexta-feira das 11 às 16 horas sábados, domingos e feriados das 9 às 17 horas. Preço por pessoa: R$ 2,00. Endereço: Rua Caminho do Mendes, s/nº
Mais tarde andei pelas ruas históricas da parte baixa e o que me chamou mais atenção foi na Rua Direita que são os antigos postes de ferro fundido com a iluminação pública em formato de chapéu relembrando o passado. Tem muitos casarões em estilo inglês e um pronto socorro que era de exclusividade da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ).

Antigo pronto socorro dos operários da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí- EFSJ



Antigos postes de iluminação típicos daquela época

Em seguida visitei o Museu Ferroviário de Paranapiacaba mantido pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) onde mostram muitas relíquias e acervos das nossas históricas ferrovias, é como se fosse viajar no passado, é verdadeira aula de história. Lá fica guardada a primeira locomotiva a vapor conhecida como Maria Fumaça e alguns vagões antigos, peças e ferramentas de manutenção ferroviária. Uma imagem boa que fotografei foi o inicio da descida da serra pela cremalheira que são cabos de aço grosso que ajudam a descer e subir as composições ferroviárias devido ao terreno ser muito íngreme.


Galpão do Museu Funicular

Capacete de operário com o logo da antiga Rede Ferroviária Federal S/A - RFFSA


Inicio da descida da Serra do Mar por cremalheiras.

Ao final do passeio para a sua despedida fotografei o relógio da estação conhecido como "Big Ben", como característica principal da Vila fabricado pela Johnny Walker Benson, de Londres, que se destacava no meio da neblina - muito comum naquela região.



Relógio da estação da Vila de Paranapiacaba

Relógio Big Ben com a imagem da câmera fotográfica
aumentada


Em breve o próximo roteiro falando um pouco mais sobre as nossas ferrovias paulistas será em Jundiaí. Espero que todos tenham gostado do passeio. Até a próxima postagem no Blog Conscientização.

Passeio pela Vila de Paranapiacaba - Parte 2

Turismo na Vila


Antes de chegar a Paranapiacaba, desci na estação de trem de Rio Grande da Serra no final da Linha 10 Turquesa da CPTM, e assim que desci na estação o trem partiu para a Estação da Luz. De lá flagrei uma cena inusitada: um comboio de trem de carga da MRS Logística trazendo chapas de aço da Usiminas para São Paulo passando em frente à estação de Rio Grande da Serra. Também flagrei um descaso e falta de manutenção da CPTM que são as passagens de níveis com cancelas, depois que a composição passava as cancelas não se levantava.



Trem de passageiro partindo com destino a Estação da Luz

Em seguida chega um comboio de trem de carga vindo de
Cubatão-SP.


          Logo adiante peguei um ônibus da Linha 424 da Viação Ribeirão Pires-EMTU para ir a Vila, o trajeto durou apenas 15 minutos. Chegando lá o primeiro ponto turístico que visitei foi o mirante na qual dava pra avistar as cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista, mas infelizmente não deu para ter uma visão privilegiada devido ao nevoeiro que fazia na Serra.


Vista da Serra do Mar pelo mirante,mas na ocasião o tempo não
colaborou para ver o litoral.

Depois fotografei a Igreja Matriz do Bom Jesus do Alto da Serra na qual foi inaugurada em 1884 e recebeu licença qüinqüenal para celebração de missas pela primeira vez em 8 de agosto daquele ano. Atualmente a igreja é anexada a paróquia de Rio Grande da Serra.



Igreja Matriz Bom Jesus do Alto da Serra, em Paranapiacaba.

Depois desci a Vila para ver as antigas casas e suas ruas e vielas estreitas. Com um povo muito humilde e hospitaleiro lá tem muita atração turística como gastronomia, artesanatos e museus históricos. Adiante na parte alta dá para avistar a parte baixa e seu pátio ferroviário onde se vê os trens de carga manobrar suas composições e no meio do pátio o famoso relógio da estação, o Big Ben.

Passeio pela Vila de Paranapiacaba - Parte 1

História

 
Em uma manhã linda de sábado (26/03/2011), fui conhecer a Vila de Paranapiacaba que fica no alto da Serra do Mar que pertence ao município de Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo. O significado de Paranapiacaba é “lugar de onde sê vê o mar” que é em linguagem tupi-guarani. A Vila hoje abriga cerca de 2.100 habitantes com a presença de turistas chega a dobrar. A vila fica a mais de 50 km da capital paulista e seu clima é típico de serra com a presença de muita neblina.
A Vila de Paranapiacaba começou a ser povoada pelos ingleses no século XIX com a implantação da estrada de ferro Santos - Jundiaí feita por Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza). Essa estrada de ferro foi batizada como São Paulo Railway (SPR). Essa estrada teve uma participação muito importante por causa do transporte de café para o Porto de Santos que serviu como escoamento para o processo de exportação.
Antes para descer a Serra do Mar o único meio de transporte utilizado era o lombo de burro na qual se transformou em um grande obstáculo para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, tornando-se urgente a construção de uma ferrovia. Para vencer o desnível de 800 m. acima do nível do mar separando o planalto do litoral paulista a São Paulo Railway teve que adotar um sistema baseado em quatro planos inclinados interligados por patamares, onde foram instaladas as máquinas fixas que acionavam os cabos de aço que sustentavam a locomotiva e as composições na subida e descida da serra. Esse sistema foi denominado funicular e seu funcionamento exigiu um número expressivo de operários que se estabeleceram no primeiro núcleo de povoamento denominado Varanda Velha, mais tarde conhecida como Vila Velha.


Parte alta da Vila de Paranapiacaba


Parte baixa da Vila de Paranapiacaba

A crescente utilização da ferrovia para o transporte do café do interior até o porto demandou a construção da segunda linha do Funicular. Esta duplicação requereu a permanência de um número significativo de operários, técnicos e engenheiros no local para atuarem na administração e manutenção das linhas e dos pátios. Por esta razão, a empresa São Paulo Railway que obteve a concessão deste trecho da ferrovia por 90 anos, optou pela construção de uma vila para abrigar seus funcionários, nas proximidades das instalações ferroviárias.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Usuários do transporte coletivo em São Paulo reclamam do estado de conservação dos trólebus

Em São Paulo dos 200 trólebus em operação, foram substituídos apenas 12, os demais estão na promessa desde 2008. Muitos usuários reclamam do estado de conservação dos veículos. Os veículos estão em média com a idade de 20 anos de uso, sendo alguns com mais de 30 anos de uso, ou seja, no caso os chassis, mas a carroceria tem em média de 14 anos. Na parte interna estão sem as devidas condições de higiene, bancos estão soltando e até tem a presença de insetos nada agradáveis até precisando de uma dedetização. Na parte externa os sinais de degradação são evidentes nos veículos como a sujeira e as escapadas das alavancas (hastes presas na rede aérea para captação de energia para movimentar o trólebus) por causa da má manutenção nos recuperadores (bobinas onde ficam as cordas que recolhem e ou põe as alavancas na rede) que travam quando os coletivos passam em ruas com depressões e buracos causados por falta de manutenção nas vias por onde passam os trólebus, as emendas na rede aérea que são encontradas a cada 58 m. que é outro causador no escape das alavancas e as constantes barrigas encontradas na rede aérea.


Imagem do estado de conservação da rede e a alavanca fora do lugar
 
Emenda no tirante (cabo de aço que tem base em dois postes
de sustentação) da rede aérea de trólebus

Trólebus quebrado na Av. Conselheiro Carrão, na Zona Leste de SP.
Recuperador (bobinas preta na parte traseira).
Imagens registradas em 21/11/2010.

Em 2008, quando foi eleito prefeito, Gilberto Kassab garantiu que até o final de 2012, quando termina seu mandato, ia renovar 70% dos trólebus da cidade. Isso representa 140 veículos. Só que até agora apenas 12 foram trocados. Em 2011, nenhum novo trólebus foi entregue.
O motivo do não cumprimento do cronograma foi causado pela dificuldade nas indústrias na qual fabricam os veículos segundo o superintendente de Serviços Veiculares da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, Simão Saura.
Ainda segundo o superintendente, até 2012 os 128 outros trólebus prometidos serão substituídos. “O primeiro ônibus sai em abril. A partir disso, até dezembro desse ano faremos as substituições”, conforme informações do SPTV 1ª edição da TV Globo SP.


terça-feira, 8 de março de 2011

Passeio em Peruíbe

Numa tarde de segunda-feira, fui a Peruíbe, no litoral sul de SP. Andei na Linha 926 da Intersul, sentido Peruíbe. Quanta diferença tem a andar em um carro bonito e confortável se comparado com os da Viação Piracicabana.
Habitualmente o itinerário da Linha 926 quando partido de Santos, percorre o túnel, Santa Casa, Canal 1 e praias para seguir ao centro de São Vicente, mas ontem essa linha cortou caminho. Seguiu pela Av. Martins Fontes e Via Anchieta até o Bolsão 8 e entrou para a Rodovia dos Imigrantes, sentido Praia Grande, assim passando por fora do centro de São Vicente.


Ônibus Marcopolo Viale ano 2009 prefixo 1906 sobre chassi de 12m.
com motor Mercedes-Benz dianteiro OF-1722/59 equipado com
ar-condicionado, bancos estofados e de encosto alto.

Na volta peguei a Linha 905 da Viação Piracicabana na Rodoviária de Peruíbe, percorrendo vários pontos de Itanhaém como o bairro de Belas Artes que é um ponto de comércio muito movimentado e a Praia do Sonho na qual estava lotada. E depois essa linha percorre por dentro do Centro de Mongaguá pela Avenida São Paulo até sair pela Av. Presidente Kennedy já no município de Praia Grande.


Ônibus Marcopolo Torino ano 2009 prefixo 8913 sobre chassi de 10m.
com motor Merceds-Benz dianteiro OF-1418/52 com bancos estofados
e de encosto alto e sem ar-condicionado.




Ferrovias


Durante o passeio em Peruíbe, fotografei imagens da antiga estação ferroviária de Peruíbe, na qual aquela estrada de ferro desativada fazia o ramal Santos /Cajati. Espero que um dia aquele ramal ferroviário volte a funcionar. A antiga estação foi reformada recentemente com recursos do Governo Federal em parceria com a Prefeitura daquele municipio e serve como sede do arquivo histórico de Peruíbe



Antiga estação ferroviária de Peruíbe


Placa de inauguração da reforma da antiga estação

Vista da estação já reformada

Placa da estação ferroviária indicando a kilometragem exata.

Em breve vou divulgar no Blog Conscientização uma matéria especial sobre a Vila de Paranapiacaba, no alto da Serra do Mar. Aguardem!