Andar de ônibus nas grandes cidades brasileiras além de ser caros, são desconfortáveis e inseguros. Uma pesquisa aponta pelo IPAT (Instituto de Pesquisas A Tribuna) que pertence ao Jornal A Tribuna de Santos apontou que a metade da população santista opta pelo transporte coletivo e enquanto os outros optam pelos automóveis e a minoria pelas bicicletas. A demanda de ônibus e os itinerários estão totalmente saturados e fora do padrão para a realidade santista assim desmotivando o cidadão a optar em andar de ônibus e contribuindo para o aumento do transporte individual e além do mais poluindo o ar que respiramos.
Ônibus intermunicipal da Viação Piracicabana, em Santos |
Se o transporte coletivo fosse mais eficiente e atrativo a grande parte da população optaria pelos ônibus, isso se os coletivos oferecessem todo o conforto como bancos estofados de encosto alto, ar-condicionado em dias mais quentes e Santos como tem uma grande parte da população idosa seriam benvindos os ônibus de piso baixo total e de uma fonte de energia na qual não emitem nenhuma substância nociva à saúde humana, no caso o trólebus, um ônibus elétrico, silencioso, confortável e biodegradável ao meio ambiente.
Vejam os dados abaixo relatados conforme reportagem do Jornal A Tribuna:
A conclusão faz parte da pesquisa de opinião Mobilidade na Baixada Santista, realizada pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT), nos dias 22 e 23 de setembro, com 1.200 moradores das nove cidades locais.
De acordo com o levantamento, metade das pessoas que se deslocam frequentemente pela região usa ônibus, contra 32,5% de usuários de automóveis e 3,9% de bicicleta.
Quando perguntados sobre qual o meio de locomoção utilizado dentro da própria cidade, 36,1% dizem que é o ônibus, 26,5% usam o carro e 16% utilizam a bicicleta.
O principal motivo de insatisfação diante do transporte coletivo é o preço: 77,1% das pessoas acham que o serviço é caro. A baixa oferta de veículos e de linhas também é criticada por 68,9% e 63,9% dos entrevistados, respectivamente. O desconforto aparece como empecilho para 62,6%.
Mas o ônibus pode deixar de ser vilão para virar, na prática, a solução para o trânsito cada vez mais complicado da região. Basta que o sistema seja bom. É o que dizem 75% dos entrevistados que usam carro próprio. Eles topariam deixá-lo de lado, mas com a condição de que o transporte coletivo funcione.
“Está bem claro na pesquisa que o sistema de ônibus é amplamente reprovado em todas as cidades. É um recado a ser ouvido pelas autoridades”, constata o coordenador do IPAT, Alcindo Gonçalves.
Em geral, o trânsito é considerado um problema. De cada dez pessoas, quatro o classificam como ruim ou péssimo. A proporção das críticas aumenta em Santos (56,8%) e em São Vicente (49,8%). Motivos: muito carro nas ruas, irresponsabilidade dos motoristas e sistema viário deficiente.
A percepção de que o excesso de veículos é o maior causador dos congestionamentos é identificada em 40,5% das respostas. Entretanto, em Santos e em São Vicente os percentuais sobem para 59% e 53,1%.
São Vicente e Praia Grande, cidades exportadoras de mão de obra para Santos, concentram os maior índice de trajetos demorados. Nestes municípios, 12,5% das pessoas levam entre uma e duas horas para chegar de casa ao trabalho.
Independente do município de origem, a maioria das pessoas (42,3%) apoia medidas outrora impopulares, como a proibição de estacionamentos em grandes avenidas.
“Essa é uma constatação de que as pessoas têm consciência de que o transporte motorizado individual precisa ser desestimulado. A posição fica clara especialmente em Santos, onde 55,3% dos entrevistados têm esse entendimento”.
Por outro lado, 58,9% considera que os municípios poderiam contar com bolsões de estacionamentos públicos como forma de melhorar o trânsito e a circulação.
Obras
A pesquisa também sondou o que pensa a população a respeito de investimentos metropolitanos necessários para melhorar a mobilidade urbana.
O túnel ligando as cidades de Santos e Guarujá foi o campeão de votos: 33,8%. Na sequência vem o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com 17%, e a ligação ferroviária entre as cidades, com 15,5%. “Estas duas últimas respostas podem ser somadas, pois, no fundo, se confundem. Sendo assim, VLT e túnel ficam quase empatados em segundo lugar na ordem de prioridades”.
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