sábado, 10 de setembro de 2011

Passeio em Jundiaí na Linha 7 da CPTM

Em uma manhã dessa última quinta-feira (8/9/2011) enquanto era feriado municipal em Santos, dia de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira daquele município, nos outros municípios eram um dia normal após feriado do Dia da Proclamação da Independência em 7 de setembro, fui fazer mais uma série de reportagens sobre as ferrovias em São Paulo. O roteiro escolhido foi um passeio pela Linha 7 da CPTM ligando a Estação da Luz a Jundiaí, no interior paulista.
Para alcançar o final da Linha 7 obrigatoriamente faz baldeação em Francisco Morato, ainda na Grande São Paulo para depois em um outro trem seguir para Jundiaí. Outra opção é o Expresso Turístico que segue direto sem parar em nenhuma estação. O trajeto total em um dia regular dura em torno de 1 hora e 25 minutos, sendo 1 hora da Estação da Luz até Francisco Morato e mais 25 minutos de Francisco Morato a Jundiaí.

Chegando o trem da série CAF 7000 na Estação da Luz, com destino a
Estação Francisco Morato

O intervalo de espera na Estação de Francisco Morato a Jundiaí é de 10 em 10 minutos. No trajeto mostram muitas coisas boas e também ruins. Partindo da Luz passam em vários pátios e trapiches abandonados no entorno da ferrovia como os vagões da antiga estrada de ferro Santos-Jundiaí entre outros. Passamos em frente a antiga fábrica de porcelanas Martins Ferreira situados no bairro da Lapa e também em passagens de nível com barreiras próxima da Estação Água Branca, na região da Lapa. A passagem de nível fica na Avenida Santa Marina.


Locomotiva a diesel da CPTM


Vagão abandonado da Antiga Estrada de Ferro Santos Jundiaí no
pátio da Lapa.


Rio Tietê em São Paulo

Outra cena que presenciei durante o passeio foi a passagem a nível de disputa de espaço entre trens de passageiros e cargueiros da MRS Logística, é uma cena bonita, mas também por parte técnica e operacional da CPTM é um tormento devido os trens de carga atrapalharem suas operações e além do mais em horário de pico.
Depois de passar pela Marginal Tietê passamos por outras Estações como Pirituba, Perus no extremo norte de São Paulo e mais passagens de nível até alcançar Francisco Morato. A estação de Francisco Morato passa por reforma para melhor atender os usuários. Descendo nessa estação, aguardei uns 10 minutos para pegar outro trem para seguir em direção a Jundiaí.

Trem da série 1700 chegando na Estação Francisco Morato com destino
a Jundiaí

Passagem de nível em Franco da Rocha
Depois que embarquei a paisagem começa a mudar dando destaque típico de interior. No trajeto passamos em um túnel acredito eu que seja a Serra do Japí, próxima da Estação Botujuru, em Campo Limpo Paulista, mas esse túnel é conhecido como o “Túnel do Botujuru”.
Por volta de 11 da manhã cheguei em Jundiaí, no final da Linha 7. A estação está bem preservada com suas características históricas originais. Do outro lado avistei um pátio de manobras da MRS Logistica que faz o transporte de cargas na Linha 7 em direção ao Porto de Santos. Foi nessa estação que começou a história das ferrovias no Brasil por Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza), o fundador das ferrovias.

Faixada da Estação Jundiaí

Placa da Estação Jundiaí

Trilhos da estação Jundiaí. Foto sentido Santos

Pátio de manobras da MRS Logistica do outro lado da Estação Jundiaí

Relógio da Estação Jundiaí

Placa do Expresso Turístico

Mini locomotiva da SPR (São Paulo Railway)

Antigo balcão de informação

Antiga placa de restrição de acesso a pedrestes na ferrovia


Estado de conservação
 

Durante o percurso para Jundiaí, embarquei em um carro (vagão) da série CAF-7000 com ar-condicionado e som ambiente de última geração, até aí tudo bem, mas depois em Francisco Morato a história muda e para triste e descaso por parte das nossas autoridades. Andei em um carro da série 1700 Mafersa adquiridos em 1987, são 24 anos de uso e por dentro dessas composições um cenário triste.
Vagões sem conforto nenhum, escuros, sujos e com defeito nas caixas de som assim sem entender o que o operador da composição anuncia como a próxima estação e as precauções a serem seguidas pelos passageiros como, por exemplo: “desembarque pelo lado direito do trem” e “cuidado entre o vão e a plataforma”.

Desgaste na pintura interna do vagão 1741


Placa de itinerário da Linha 7 desatualizado
Na volta a mesma situação, mas chegando em Francisco Morato e baldeando para a Estação da Luz peguei um trem da série 5500 fabricado também pela Mafersa e para piorar em um dia de calor e sol forte o vagão parecia um forno de tão quente que estava. Depois que cheguei a estação da Luz, um alivio. Antes do trem chegar na estação registrei uma imagem fotográfica na qual consegui avistar o relógio do “big ben” construído pelos ingleses.

Chegada a Estação da Luz, em SP. Acima da foto o relógio do big ben
O próximo roteiro ferroviário acontecerá em breve partindo da Estação Julio Prestes até Itapevi e depois seguirei de ônibus até a Estação Amador Bueno também em Itapevi para mostrar a reforma da mesma e o trecho em reforma entre Amador Bueno e Itapevi e depois mais uma viagem para conhecer a Linha 12 da CPTM partindo do Brás até Calmon Viana em Poá.
Espero que todos tenham gostado. Até a próxima.

Um comentário:

  1. Morei em Botujuru e o trem de subúrbio ia direto até Jundiai. Ficou mais difícil ir até Botujuru?

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