Nesta terça estive presente na audiência pública sobre o VLT da Baixada Santista, ao lado do colega Wellington Puppi. Durante o evento, uma apresentação do projeto (alguns slides em anexo), além da resposta a questionamentos feitos pelos presentes. Estiveram presentes o presidente da EMTU, Joaquim Lopes, o secretário adjunto de Desenvolvimento Metropolitano Edmur Mesquita (que já foi candidato a Prefeito de Santos em 1992), além do Presidente da CET-Santos, autoridades e políticos (do PSDB) da região.
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Audiência Pública realixada no auditório da Unisantos, em Santos-SP. Foto: Alexsander Ferraz/Jornal A Tribuna |
Algumas coisas ficaram claras:
1- O Estado desvinculou a construção do VLT à licitação dos serviços de ônibus metropolitanos, o que é um passo gigantesco, pois a realização da obra fica independente da vontade de dois ou três tubarões das catracas, que fizeram questão de, em conluio, armar o fracasso da licitação anterior, segundo as próprias palavras de uma importante autoridade estadual que também é político da região.
2- Em contrapartida o que pode se tornar um absurdo imenso: o Estado vai construir o VLT, ou seja, faz o projeto, as obras viárias, constrói a via permanente, as estações, instala a rede elétrica, a rede de alimentação, compra os trens e depois poderá privatizar a operação cobrando a outorga. Fica a pergunta SE VAI CONSTRUIR TUDO, COM VERBA 100% ESTATAL, POR QUÊ NÃO OPERA?????? Pior, a privatização poderá aumentar a tarifa do serviço, pois além dos custos operacionais, serão cobrados do usuário a outorga que a concessionária vai pagar ao Estado e o lucro da operadora. A concessão dos serviços à iniciativa privada está em estudos, mas a possibilidade de ocorrer, sendo a obra 100% custeada pelo Estado, causou indignação entre alguns presentes.
3- VLT Elétrico (embora um certo cidadão presente na platéia tenha questionado e dito que o VLT diesel "baratearia a obra, antecipando a ampliação do sistema").
4- Será feito em várias fases. A primeira (trecho prioritário) entre as estações Barreiro (São Vicente) e Porto (Santos), sendo que para esse edital foi incluído mais um trecho: Conselheiro Nébias-Valongo. Posteriormente serão feitas as ligações Conselheiro Nébias-Ferry Boat, Barreiro-Samaritá e Samaritá-Tatico (Vila Mirim), com o VLT atingindo a Praia Grande. Estudos para uma linha entre Valongo e São Vicente via Av. Nossa Senhora de Fátima/Av. Antônio Emerick e entre Porto e Guarujá, via ligação multimodal por túnel a ser construída pelo Estado entre este município e Santos. A intenção é que o VLT da Baixada também siga um conceito de malha.
5- O trecho prioritário deverá ficar pronto até junhbo de 2014.
6- Haverá integração tarifária entre linhas municipais e intermunicipais nos mesmos moldes da integração SPTrans-Metrô/CPTM em São Paulo, com utilização de cartão eletrônico e pagamento de tarifa cheia em um modal com algum complemento tarifário caso seja utilizado o outro modal.
Detalhes da Audiência pode também conferir pelo site da EMTU no seguinte link:
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