A história
A
partir de hoje o Blog Conscientização fará uma série de matérias falando sobre
o retrato da atual situação e história do sistema trólebus da cidade de Santos,
no litoral de São Paulo. Inaugurado em uma segunda-feira no dia 12 de agosto de
1963, às 10 horas da manhã a primeira linha de trólebus, a Linha 5 que ligava o
Centro de Santos ao Macuco, a uma passagem de Cr$ 40,00 naquela época. Ônibus
elétrico, confortável, moderno e sem nenhum ruído, o trólebus chegou como
novidade na tecnologia daquela época e também para contribuir com o meio
ambiente na qual não emite nenhuma partícula nociva para a saúde humana. Esses
veículos eram bem aguardados pela população.
Chegada dos 5 primeiros trólebus sendo descarregados no armazém 15
do Porto de Santos pelo guindaste Sansão. Foto: Novo Milênio
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Rua Martim Afonso em frente ao Centro Português lotada no dia da
solenidade de inauguração do trólebus. Foto: Waldir Rueda.
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Foram
importadas 50 unidades da marca Fiat Alfa Romeo, com tração eletrônica Cames
Marelli com carroceria Pistoiese, modelos idênticos ao sistema de Salvador
(1959) e Rio de Janeiro (1962). Antes desse dia voltando para 1955 foi aberta
uma licitação pública pelo SMTC (Serviço Municipal de Transporte Coletivo) para
a aquisição de 50 trólebus e mais 5 subestações retificadoras para fornecimento
de energia elétrica para alimentar a rede de trólebus. As unidade importadas
chegou ao Porto de Santos em 6 de junho de 1963 vindo de cinco em cinco
unidades e os mesmos ficaram retidos na alfândega devido ao desembaraço
aduaneiro até a sua inauguração na data citada no começo do texto.
Anos
mais tarde o sistema trólebus foi ganhando espaço nas ruas de Santos com
inauguração de novas linhas e a partir de 1966 os tradicionais bondes foram
perdendo espaço para os trólebus que chegaram naquela época com força total. Em
1967 com a reformulação da Avenida Conselheiro Nébias, foi deixando de existir
os bondes e dando lugar aos trólebus nos quais naquele ano foram inauguradas 4
linhas: 4, 40, 44 e 45. Era a avenida que mais tinha linha de trólebus naquele
período. Logo depois começaram a reforçar o transporte municipal os ônibus a
diesel e parou de expandir o trólebus.
O
fim dos bondes aconteceu em 28 de fevereiro de 1971 com a extinção da Linha 42
e logo após em 1973 os bondes foram destruídos a marretadas. Nada poderia se
opor a destruição desses bondes devido ao período de censuras por causa da
ditadura militar, tempos de repressão e medo. Na próxima parte falaremos na
série sobre o declínio de reestruturação.
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